Gigantes do Espiritismo

Gigantes do Espiritismo

Embora reconhecendo que muitos Espíritos desencarnados, quando evoluídos, não dão importância às homenagens terrenas, é óbvio que nós ainda em processo de auto burilamento, não podemos nem devemos ignorar, as obras por eles deixada na Terra, pois muitos deles por aqui passaram como verdadeiros rasgos de luz a iluminar os horizontes do mundo.
Quem está começando na Doutrina Espírita, pode achar que a sua cruz é a mais pesada do mundo, mas, ao ler as biografias destes Gigantes do Espiritismo, poderá observar nelas uma grande lição de vida, ao descobrirem todo o sofrimento que eles enfrentaram. 



BIOGRAFIAS



CHICO XAVIER (1910-2002)

Com mais de 400 obras psicografadas, que transformadas em tempo perfazem aproximadamente 11 anos de transe mediúnico. Chico Xavier, com 92 anos de idade, deixou-nos em 30/06/2002, ficando dele os exemplos de fé, esperança e caridade.
Sua atividade mediúnica começou desde garoto, isto é, desde os 5 anos de idade, quando já conversava com sua mãe desencarnada. Dela recebia uma série de conselhos que o ajudaram a suportar todos os revezes e dissabores de sua infância sofrida junto à sua madrinha.
Educado no catolicismo, não foi muito fácil a aceitação dos parentes e amigos sobre o desenvolvimento de sua mediunidade. As suas obras psicografadas servem de lenitivo para as almas enfermas que gravitam neste mundo de provas e expiações.
O Espírito Emmanuel é o seu guia protetor. Esse espírito, como a maioria dos Espíritas sabe, foi Públio Lêntulus, senador romano da Antiguidade. Diz-se também que ele teve uma reencarnação no Brasil como Padre Manoel da Nóbrega.
É por intermédio de Emmanuel que o Chico Xavier escreveu a maioria de seus livros. Além disso, guia-o, inclusive, no aprimoramento do idioma português, para melhor expressar a Doutrina dos Espíritos. Confessa isso no programa Pinga Fogo, levado ao ar pela antiga TV Tupi, em 1971.
A vida de Chico Xavier é entremeada de muitos fatos, entre os quais, relatamos:
1º) para auxiliar um cego que tinha sofrido uma queda, precisou da colaboração de 2 prostitutas, que depois mudaram de vida em virtude de suas preces; 
2º) relata o episódio do avião, que em pleno voo começou a fazer peripécias no espaço e, ele como os demais tripulantes, começaram a gritar no que Emmanuel retruca: "Se tiver de morrer, morra com educação";
3º) sua vizinha roubava-lhe as verduras. Pede auxílio à sua mãe, já desencarnada. Esta o aconselha, quando todos saírem, a entregar a chave da casa para a vizinha tomar conta. Consequência: acabou o furto
Das suas inúmeras obras, citamos: Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, pelo Espírito Humberto de Campos, A Caminho da Luz, pelo Espírito Emmanuel, Nosso Lar, pelo Espírito André Luiz e Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel. (IBSEN, 1994)




DEOLINDO AMORIM (1908-1984)


Deolindo Amorim, baiano, foi jornalista, escritor, sociólogo e espírita.  De religião católica, em certa época professou também o protestantismo, mas integrando-se por volta de 1932, em reuniões do C. E. Jorge Niemeyer, no Espiritismo, serviu com inexcedível dedicação, com total fidelidade a Allan Kardec, tornando-se ao longo dos anos um intérprete fiel da Doutrina Consoladora. Deolindo Amorim foi um intelectual que se dedicou ao Espiritismo, que assimilou a Doutrina integrando-se na mundividência espírita.
Expositor hábil, lúcido e convincente, proferiu inúmeras palestras e conferências, uma delas sobre o "Suicídio à Luz do Espiritismo" no Instituto Pinel (Hospital de Doentes Mentais), da Universidade do Brasil, levando, assim, as ideias espíritas ao ambiente universitário não-espírita. Estampou colaboração constante em diversos órgãos do Brasil e do exterior, tendo sido também redator de Mundo Espírita (antigamente no Rio e posteriormente transferido para o Paraná) e de Estudos Psíquicos, revista que se edita em Lisboa (Portugal).
Alguns títulos de seus livros: Africanismo e Espiritismo (com uma edição na Argentina), O Espiritismo e os Problemas Humanos(com uma edição na Argentina), Espiritismo à Luz da Crítica, O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualista. (MARTINS, 1989)
 

JOSÉ HERCULANO PIRES (1914-1979)
José Herculano Pires foi escritor, jornalista, educador, filósofo e tradutor. Segundo o Espírito Emmanuel, o melhor metro que mediu Allan Kardec. Isso deu ensejo à inclusão do termo apóstolo de Kardec ao título do livro escrito por Jorge Rizzini, J. H. Pires: O Apóstolo de Kardec, em que recobra a memória desse ilustre espírita brasileiro.
Desde a adolescência que temas filosóficos, inclusive de caráter religioso, interessaram Herculano Pires. Nascido em família católica, permaneceu no catolicismo até os quinze anos de idade. Depois, veio a crise. Mas, o que o levou a converter-se ao Espiritismo? Numa entrevista gravada por Jorge Rizzini, disse ter sido o raciocínio, pois a religião que professava não explicava convincentemente as suas dúvidas. Contudo, não foi direto para o Espiritismo; passou antes pela Teosofia. Caindo-lhe nas mãos um exemplar de O Livro dos Espíritos, encontrou tudo o que procurava.
Defensor inconteste da Doutrina Espírita, era um conferencista ardoroso. Combateu erros doutrinários, principalmente aqueles cometidos pelas Federações. A cada correção dava as suas razões. Não queria que um órgão coordenador do movimento espírita pudesse propagar falhas doutrinárias. 
Alguns livros de sua autoria: Introdução à Filosofia Espírita, pela Paidéia, Mediunidade (Vida e Comunicação), pela Edicel, O Espírito e o Tempo, pela Edicel, Agonia das Religiões, pela Paidéia, Revisão do Cristianismo, pela Paidéia. (RIZZINI, 2001)



BEZERRA DE MENEZES (1831-1900)

Nasceu no dia 29 de agosto de 1831, no então Riacho do Sangue, na província do Ceará, e desencarnou no dia 11 de abril de 1900, com a idade de 69 anos.
Com 20 anos de idade, muda-se para o Rio de Janeiro, onde, às duras penas, forma-se em medicina. Cognominado o "médico dos pobres", Bezerra de Menezes tem uma biografia exemplar de renúncia para com o dever cumprido, custe ele o que custar. Antes de se tornar espírita, a sua conduta era a de um cristão. Nesse sentido, tão logo toma conhecimento de "O Livro dos Espíritos" não lhe fica difícil exclamar que era um "espírita de nascença", ou um "espírita inconsciente", pois tudo o que ali estava relatado lhe parecia familiar.
Três exemplos de vida: 1) quando convocado à política, renúncia ao soldo militar; 2) quando estudante, em dificuldade para pagar o aluguel de seu quarto, prepara aula de matemática (matéria que detestava) para aluno, que lhe pagou antecipado e nunca mais apareceu; 3) como médico, atende a qualquer hora, institui a leitura do Evangelho e renuncia à medicina ortodoxa para aceitar, a convite dos Espíritos, a homeopatia.
A sua grande missão foi a de aglutinar o movimento espírita. Naquela época havia muitas divergências com relação ao termo Espiritismo. Denominava-se Doutrina Espírita apenas o que constava de "O Livro dos Espíritos"; os estudiosos dos demais livros de Kardec se chamavam kardecistas. Chegou-se a criar um Espiritismo Puro, equidistante de "científicos" e "místicos". Além destes existia ainda um grupo que se dedicava com afinco ao estudo das obras de J. B. Roustaing. Esse quadro perdurou até a chegada de Bezerra de Menezes, espírito moderado e pacificador que, assumindo a presidência da FEB, conseguiu diminuir os elementos dispersivos.
Algumas de suas obras: A Casa Assombrada, A Loucura sob Novo Prisma, A Doutrina Espírita como Filosofia Teogônica.( ABREU, s.d.p.)



ERNESTO BOZZANO (1861-1943)

A contribuição de Ernesto Bozzano foi providencial para a propagação do Espiritismo além da fronteira francesa. Bozzano era um cientista materialista-positivista. Em 1891 o professor Ribot, diretor da "Revista Filosófica", informou-o do lançamento da revista "Anais das Ciências Psíquicas", dirigida pelo Dr. Darieux, sob a inspiração do professor Charles Richet.
A sua primeira impressão sobre a revista foi desairosa, dado o fato de considerar verdadeiro escândalo a circunstância de representantes da ciência oficial, discutirem seriamente a possibilidade da transmissão do pensamento de um a outro continente, da aparição de fantasmas e das casas mal-assombradas.
O prof. Rosenbach de Peterburgo escrevera violento artigo na "Revista Filosófica", contra a introdução desse novo misticismo no domínio da psicologia oficial. Na edição subsequente, Richet refutou ponto por ponto, as afirmações errôneas de Rosenbach e as suas inconsistentes considerações, tendo esse artigo o mérito de convencer Bozzano.
Nesses mesmos dias aparecia o famoso livro de Gurney, Podmore e Myers: "Fantasmas dos Vivos", relatando grande número de casos devidamente controlados e bem documentados. Os últimos resquícios de dúvida de Bozzano em torno da crença na existência de fenômenos telepáticos foram assim dissipados. Daí por diante dedicou-se, com fervor, ao estudo dos fenômenos espíritas, através das obras de Kardec, Léon Denis, Delanne, Gibier, Crookes, Wallace e outros.
Formou um grupo com a participação do dr. Giuseppe Venzano, Luigi Vassalo e os professores Enrique Morselli e francisco Porro, da Universidade de Gênova. Esse grupo deu o que falar à imprensa italiana e estrangeira, pois praticamente havia se obtido a realização de quase todos os fenômenos, culminando com a materialização de seis espíritos perfeitamente visíveis.
Escreveu, entre outras, as seguintes obras: Dos Casos de Identificação Espírita, Dos Fenômenos Premonitórios, Animismo e Espiritismo, Pensamento e Vontade, Os Enigmas da Psicometria, A Crise da Morte, Xenoglossia. (Anuário Espírita de 1966)


CAMILLE FLAMMARION (1842-1925)

Flammarion foi um homem cujas obras encheram de luzes o século XIX. Ele era o mais velho de uma família de quatro filhos, entretanto, desde muito jovem se revelaram nele qualidades excepcionais. Queixava-se constantemente que o tempo não lhe deixava fazer um décimo daquilo que planejava.
Aos quatro anos de idade já sabia ler, aos quatro e meio sabia escrever e aos cinco já dominava rudimentos de gramática e aritmética. Tornou-se o primeiro aluno da escola onde freqüentava. Para que ele seguisse a carreira eclesiástica, puseram-no a aprender latim com o vigário Lassalle.
Aí Flammarion conheceu o Novo Testamento e a Oratória. Em pouco tempo estava lendo os discursos de Massilon e Bonsuet. O padre Mirbel falou da beleza da ciência e da grandeza da Astronomia e mal sabia que um de seus auxiliares lhe bebia as palavras. Esse auxiliar era Camille.
Tornando-se espírita convicto, foi amigo pessoal e dedicado de Allan Kardec, tendo sido o orador designado para proferir as últimas palavras à beira do túmulo do Codificador do Espiritismo, a quem denominou o bom senso encarnado. Camille Flammarion, segundo Gabriel Delanne, foi um filósofo enxertado em sábio, possuindo a arte da ciência e a ciência da arte. Flammarion – poeta dos Céus, como o denominava Michelet –  tornou- se baluarte do Espiritismo, pois, sempre coerente com suas convicções inabaláveis, foi um verdadeiro idealista e inovador.
Eis algumas de suas obras: Deus na Natureza, As Casas Mal- Assombradas, Narrações do Infinito, Sonhos Estelares, Urânia, Estela e O Fim do Mundo. (Grandes Vultos do Espiritismo)



GABRIEL DELANNE (1857-1926)

Allan Kardec, Léon Denis e Gabriel Delanne merecem, por seu devotamento à Ciência Espírita, serem chamados "Apóstolos do Espiritismo". Dentre eles, apenas Gabriel Delanne nasceu numa família que já conhecia o Espiritismo. Allan Kardec, quando iniciou as suas atividades espíritas, já tinha 51 anos. Léon Denis, a seu turno, viveu 16 anos sem ter ouvido falar de Espiritismo.
Seu pai, Alexandre Delanne, ao viajar em negócios, ouviu falar do Espiritismo, o que lhe ensejou a leitura de O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns. Depois dessa leitura, teve a curiosidade de conhecer pessoalmente Allan Kardec. Fê-lo, e foi acolhido fraternalmente pelo Codificador do Espiritismo. Tornaram-se amigos, a ponto de Allan Kardec freqüentar a sua casa. Foi dentro desse ambiente que cresceu Gabriel Delanne.
- Foi fundador, juntamente com seu pai, da União Espírita Francesa, em 24/12/1882; - Colaborador e redator da revista bimensal Le Spiritism, em março de 1883; - Auxiliou na fundação da Federação Francesa-Belgo-Latina, em 1883; - Durante os anos de 1886, 1887, 1888, 1889 e 1890 fez inúmeras conferências de propaganda do Espiritismo. - Em julho de 1896 apareceu o 1.º número da Revista Científica Moral do Espiritismo, fundada por Gabriel Delanne.
Deixou-nos diversas obras, entre as quais, citamos:Le Spiritisme devant la Science (O Espiritismo perante a Ciência), em 1885; Le Phénomène Spirite (O Fenômeno Espírita), em 1896;L’Évolution Animique (A Evolução Anímica), em 1897. (BODIER e REGNAULT, 1988).


3. LÉON DENIS (1846-1927)

Quando Allan Kardec desencarnou, Léon Denis estava com 23 anos de idade e viveria ainda mais de 58 anos, tempo suficiente para assimilar e ampliar o conteúdo doutrinário trazido pelo Codificador. De acordo com o seu biógrafo, Gaston Luce, Léon Denis e Allan Kardec têm, entre si, íntima relação. Ambos são druídas reencarnados, pois viveram nas Gálias, no século V a. C.. O nome Léon Denis está escrito no de Kardec, ou seja, Hippolyte LEON DENIZard Rivail. São Jerônimo de Praga, seu guia espiritual, fora discípulo de João Huss (encarnação anterior de Kardec), os dois queimados vivos, no Século XV, por ordem do Concílio de Constança.
A integridade de seu caráter criava-lhe condições necessárias para o cumprimento do seu dever. Ao cogito ergo sum de Descartes, acrescenta: "Eu sou e quero ser sempre mais do que sou". Vegetariano, dizia que não havia bebida melhor do que a água. De moral elevada, procurava cumprir tudo o que prometia. Tornou-se, com o tempo, um autodidata, o que lhe conferia pensar com a própria cabeça.
A propagação do Espiritismo não foi tarefa fácil. Como acontece com toda a ideia nova, sofreu, também, os ataques de seus opositores. Léon Denis teve de lutar contra o materialismo, a falta de idealismo, o cientificismo e o positivismo de Augusto Comte, que grassavam nas universidades. As conferências, os congressos e os livros publicados foram suas armas para a divulgação e a consolidação do edifício doutrinário, alicerçado pelas pesquisas e análises de Allan Kardec.
Escreveu, entre outras, as seguintes obras:  Porquê da Vida, 1885; Depois da Morte, 1890;  Cristianismo e Espiritismo, 1898;  Joana D'Arc Médium, 1910;  O Grande Enigma, 1911;  O Mundo Invisível e a Guerra, 1919;  O Gênio Céltico e o Mundo Invisível, 1927. (LUCE, 1968)

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Conhecendo melhor Allan Kardec 

1.   KARDEC OBTINHA LUCRO COM SUAS OBRAS DIDÁTICAS? O suficiente para ter uma vida despreocupada.
2.   QUAIS AS PRINCIPAIS OBRAS DE KARDEC, ANTES QUE ELE CONHECESSE O ESPIRITISMO? Foram: Plano para o Melhoramento da Instrução Pública(1828); Curso Prático e Teórico de Aritmética, segundo o Método de Pestalozzi e para uso dos professores e das mães de família(1829); Gramática Clássica Francesa(1831); Manual para Exames de Capacidade; Soluções Racionais de Questões e Problemas de Aritmética e Geometria(1846); Programas dos Cursos ordinários e Física, Química, Astronomia e Fisiologia(que Kardec fazia no Liceu Plimático); Pontos para os Exames do Hotel de Ville e da Sorbone, acompanhados de Instruções Especiais sobre as dificuldades Ortográficas(1849).
3.   QUEM ERA O SR. FORTIER? Um estudioso do magnetismo e amigo de Kardec.
4.   QUANDO KARDEC OUVIU, PELA PRIMEIRA VEZ, FALAR DAS 'MESAS GIRANTES'? Em 1854 .
5.   QUE RESPOSTA INCRÉDULA KARDEC DEU A FORTIER? Eu só acreditaria, quando ver e quando me tiverem provado que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que se possa tornar sonâmbula. Até lá, permita-me que só veja nisso uma história para provocar o sono.
6.   QUAL A RELIGIÃO DE KARDEC, ANTES DE CONHECER O ESPIRITISMO? Protestante.
7.   QUANDO E ONDE KARDEC ASSISTIU PELA PRIMEIRA VEZ , OS FENÔMENOS DAS "MESAS GIRANTES "? Foi em maio de 1855, em casa de Mme Plainemaison, a convite do Sr. Pâtier.
8.   DEPOIS DAS REUNIÕES EM CASA DE PLAINEMAISON ONDE KARDEC PROSSEGUIU EM SUAS OBSERVAÇÕES? Na casa do Sr. Baudin .
9.   QUE MÉTODO KARDEC APLICOU AOS FENÔMENOS QUE ASSISTIA? O método experimental e foi quando fez os primeiros estudos sérios sobre o Espiritismo.
10.               QUAL FOI O RESULTADO DE SUAS PRIMEIRAS OBSERVAÇÕES? 1- Que o espíritos, sendo as almas dos homens, não tinham nem a soberana sabedoria, nem a soberana ciência. 2- Que o seu saber era limitado ao grau de seu adiantamento, e que sua opinião não tinha senão o valor de uma opinião pessoal. Isto preservou Kardec de formular teorias prematuras, apenas com a comunicação de um só de alguns espíritas.
11.               KARDEC ESTEVE NA IMINÊNCIA DE ABANDONAR SUAS OBSERVAÇÕES? POR QUÊ? Sim Kardec, a princípio, não se entusiasmou pelo fenômeno, pois, estava absorvido por outras preocupações no momento.
12.               QUEM O ACONSELHOU A PERSEVERAR? Foram os Srs. Carlotti, René Taillandier, Thiedman-Mantêse Sardau e o editor Didier.
13.               QUE ENTREGARAM ESSES SRS. A KARDEC ? POR QUÊ? Entregaram a Kardec 50 cadernos de comunicações recebidas em 5 anos, pois conheciam bastante o seu poder de síntese e de ordenação.
14.               QUE DISSE A KARDEC O ESPÍRITO Z, EM SUA COMUNICAÇÃO? Disse-lhe que haviam vivido juntos, entre os druidas, e então o Codificador se chamava ALLAN KARDEC .
15.               DISPOSTO KARDEC À OBRA DE SINTETIZAR E COORDENAR OS 50 CADERNOS, QUE RUMO TIVERAM AS SESSÕES DO SR. BAUDIN? As sessões então passaram a ter um objetivo determinado e Kardec, propunha aos Espíritos uma série de perguntas já preparadas e metódicamente dispostas. As perguntas versavam sobre Filosofia, Psicologia e natureza do mundo invisível.
16.               ESSE TRABALHO DE KARDEC MAIS TARDE AMPLIADO E MELHORADO, QUE LIVRO VEIO A FORMAR? O livro dos Espíritos.
17.               KARDEC VERIFICAVA, MAIS DE UMA VEZ, AS COMUNICAÇÕES QUE OBTINHA E AS QUE LHE VINHAM ÀS MÃOS? Sim, Kardec verificava diversas vezes as comunicações obtidas e as questões mais melindrosas eram submetidas a vários espíritos através de vários médiuns .
18.               QUANDO FOI PUBLICADO O LIVRO DOS ESPÍRITOS? 18 de abril de 1857 .
19.               QUE DE EXTRAORDINÁRIO MARCA O LIVRO DOS ESPÍRITOS? A verdadeira fundação do Espiritismo data do aparecimento do Livro dos Espíritos.
A Doutrina só possuia elementos esparsos, sem coordenação e cujo alcance não tinha sido compreendido por todos . Com o Livro dos Espíritos o Espiritismo prendeu a atenção dos homens sérios e adquiriu rápido desenvolvimento. Outrossim, a clareza de estilo de Kardec no Livro dos Espíritos contribui enormemente para o sucesso da obra.
20.               KARDEC SOFREU INGRATIDÕES E CALÚNIAS? Sim os despeitados e ingratos acusaram-no de conseguir dinheiro com as novas idéias que pregava.
21.               QUANDO FOI FUNDADA A "SOCIEDADE ESPÍRITA DE PARIS"? Em 10 de abril de 1858 .
22.               KARDEC FAZIA VIAGENS DE PROPAGANDA DOUTRINÁRIAS? Sim, Allan Kardec utilizava todas as suas folgas para viagens de propaganda, na França e na Bélgica.
23.               QUANDO APARECEU O LIVRO DOS MÉDIUNS?Na primeira quinzena de janeiro de 1861 .
24.               QUE FOI O "AUTO DE FÉ DE BARCELONA"? O Auto de Fé de Barcelona foi a queima, em praça pública, em Barcelona, Espanha, de 300 volumes de obras espíritas, que Kardec remetera ao livreiro Maurício Lachâtre, em 09 de outubro de 1861, às 10:30 horas.
25.               QUEM ERA MAURÍCIO LACHÂTRE? Um livreiro estabelecido em Barcelona. Foi um grande propagandista do Espíritismo na Espanha.
26.               QUANDO APARECEU O EVAGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO? Em abril de 1864.
27.               QUANDO KARDEC PUBLICOU O LIVRO "O CÉU E O INFERNO"? Em 10 de agosto de 1865.
28.               KARDEC ACORDAVA CEDO? Em qualquer época do ano às 04:30 da manhã, e foi advertido pelos espíritos por causa de seus trabalhos excessivos, repetidas vezes.
29.               QUE PUBLICOU KARDEC EM JANEIRO DE 1868? A Gênese. Constitui, do ponto de vista científico, a síntese dos 4 primeiros volumes já publicados. Após a publicação deste livro, Kardec dedicou-se ao projeto de organização do Espiritismo.
30.               PARA QUE KARDEC CONTRAIU UM EMPRÉSTIMO DE 50.000 FRANCOS? Para construir, à Av. Ségur, seis casas para se recolher a uma delas, na velhice. Após sua morte, as casas serviriam de asilo aos espíritas pobres.
31.               QUANDO KARDEC DESENCARNOU? Em 31 de março de 1869, aos 65 anos. Foram pronunciados 04 discursos por ocasião de seu sepultamento : Sr. Levant ( pela Sociedade Espírita de Paris) - Camilo Flammarion - Sr. Alexandre Délanne (pelos Centros Espíritas distantes) e do Sr. Muller ( pela família de Kardec ).
32.               QUAL A IDADE DE AMÉLIA BOUDET, POR OCASIÃO DA MORTE DE KARDEC E ATÉ QUANDO LHE SOBREVIVEU? Tinha 74 anos e desencarnou 14 anos mais tarde, aos 21 de janeiro de 1883, com a idade de 89 anos .



Humberto de Campos

O Espírito Humberto de Campos, em Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, diz que:
 “Segundo os planos de trabalho do mundo invisível, o grande missionário, no seu maravilhoso esforço de síntese, contaria com a cooperação de uma plêiade de auxiliares de sua obra, designados particularmente para coadjuvá-lo, nas individualidades de João-Batista Roustaing, que organizaria o trabalho da fé; de Léon Denis, que efetuaria o desdobramento filosófico; de Gabriel Delanne, que apresentaria a estrada científica; de Camille Flammarion, que abriria a cortina dos mundos, desenhando as maravilhas das paisagens celestes, cooperando assim na codificação kardeciana no Velho Mundo e dilatando-a com os necessários complementos”. (Xavier, 1977, p. 176)


ALLAN KARDEC (1804-1869)

Hippolyte-Léon Denizard Rivail, cognominado Allan Kardec, nasceu em 3 de outubro de 1804 e desencarnou em 31 de março de 1869.
Allan Kardec foi escolhido para ser o Codificador do Espiritismo em virtude de suas duas encarnações anteriores: 1) como sacerdote druida, chamado Allan Kardec, na época de Júlio César, no século VI a. C.; 2) como professor da universidade de Praga, queimado no dia 06/07/1415, juntamente com Jerônimo de Praga.
Aliada à sua bagagem de vidas pretéritas, teve o apoio incondicional do Espírito Verdade, que prometeu auxiliá-lo em todas as suas tarefas, visto a obra a ser extremamente importante para toda a humanidade, no sentido de mudar a visão de mundo, que se mostrava essencialmente materialista. Esta nova doutrina viria resgatar os ensinamentos do Mestre Jesus, colocando-os no seu devido lugar, tanto em teoria quanto em prática. Seria, também, uma ferramenta de trabalho que auxiliaria o ser humano a pensar mais racionalmente a fé e a revelação.
Auxiliado por uma plêiade de Espíritos Superiores, pode trazer a lume as Obras Básicas, que se consubstanciaram em O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Além desses livros publicou também a Revista Espírita, periódico mensal, cuja 1.ª edição deu-se em  1.º de janeiro de 1858. (KARDEC, 1981).

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