Gigantes do Espiritismo
Embora reconhecendo que muitos Espíritos
desencarnados, quando evoluídos, não dão importância às homenagens terrenas, é
óbvio que nós ainda em processo de auto burilamento, não podemos nem devemos
ignorar, as obras por eles deixada na Terra, pois muitos deles por aqui
passaram como verdadeiros rasgos de luz a iluminar os horizontes do mundo.
Quem está começando na Doutrina Espírita, pode achar
que a sua cruz é a mais pesada do mundo, mas, ao ler as biografias destes Gigantes do Espiritismo,
poderá observar nelas uma grande lição de vida, ao descobrirem todo o
sofrimento que eles enfrentaram.
BIOGRAFIAS
CHICO XAVIER (1910-2002)
Com mais de 400 obras psicografadas, que
transformadas em tempo perfazem aproximadamente 11
anos de transe mediúnico. Chico Xavier, com 92 anos de idade, deixou-nos
em 30/06/2002, ficando dele os exemplos de fé, esperança e caridade.
Sua atividade mediúnica começou desde garoto, isto
é, desde os 5 anos de idade, quando já conversava com sua mãe desencarnada.
Dela recebia uma série de conselhos que o ajudaram a suportar todos os revezes
e dissabores de sua infância sofrida junto à sua madrinha.
Educado no catolicismo, não foi muito fácil a
aceitação dos parentes e amigos sobre o desenvolvimento de sua mediunidade. As
suas obras psicografadas servem de lenitivo para as almas enfermas que gravitam
neste mundo de provas e expiações.
O Espírito Emmanuel é o seu guia protetor. Esse
espírito, como a maioria dos Espíritas sabe, foi Públio Lêntulus, senador
romano da Antiguidade. Diz-se também que ele teve uma reencarnação no Brasil
como Padre Manoel da Nóbrega.
É por intermédio de Emmanuel que o Chico Xavier
escreveu a maioria de seus livros. Além disso, guia-o, inclusive, no
aprimoramento do idioma português, para melhor expressar a Doutrina dos
Espíritos. Confessa isso no programa Pinga Fogo, levado ao ar pela antiga TV
Tupi, em 1971.
A vida de Chico Xavier é entremeada de
muitos fatos, entre os quais, relatamos:
1º) para auxiliar um cego que tinha
sofrido uma queda, precisou da colaboração de 2 prostitutas, que depois mudaram
de vida em virtude de suas preces;
2º) relata o episódio do avião, que em
pleno voo começou a fazer peripécias no espaço e, ele como os demais
tripulantes, começaram a gritar no que Emmanuel retruca: "Se tiver de
morrer, morra com educação";
3º) sua vizinha roubava-lhe as
verduras. Pede auxílio à sua mãe, já desencarnada. Esta o aconselha, quando
todos saírem, a entregar a chave da casa para a vizinha tomar conta. Consequência:
acabou o furto
Das suas inúmeras obras, citamos: Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, pelo Espírito Humberto de Campos, A Caminho da Luz,
pelo Espírito Emmanuel, Nosso Lar, pelo Espírito André Luiz e Vinha
de Luz, pelo Espírito Emmanuel. (IBSEN, 1994)
DEOLINDO AMORIM
(1908-1984)
Deolindo Amorim, baiano, foi jornalista, escritor, sociólogo e espírita. De religião católica, em certa época professou também o
protestantismo, mas integrando-se por volta de 1932, em reuniões do C. E. Jorge
Niemeyer, no Espiritismo, serviu com inexcedível dedicação, com total
fidelidade a Allan Kardec, tornando-se ao longo dos anos um intérprete fiel da
Doutrina Consoladora. Deolindo Amorim foi um intelectual que se dedicou ao
Espiritismo, que assimilou a Doutrina integrando-se na mundividência espírita.
Expositor hábil, lúcido e convincente, proferiu
inúmeras palestras e conferências, uma delas sobre o "Suicídio à Luz do
Espiritismo" no Instituto Pinel (Hospital de Doentes Mentais), da
Universidade do Brasil, levando, assim, as ideias espíritas ao ambiente
universitário não-espírita. Estampou colaboração constante em diversos órgãos
do Brasil e do exterior, tendo sido também redator de Mundo Espírita
(antigamente no Rio e posteriormente transferido para o Paraná) e de Estudos
Psíquicos, revista que se edita em Lisboa (Portugal).
Alguns títulos de seus livros: Africanismo e Espiritismo
(com uma edição na Argentina), O Espiritismo e os Problemas Humanos(com
uma edição na Argentina), Espiritismo à Luz da Crítica, O Espiritismo
e as Doutrinas Espiritualista. (MARTINS, 1989)
JOSÉ
HERCULANO PIRES (1914-1979)
José Herculano Pires foi escritor, jornalista,
educador, filósofo e tradutor. Segundo o Espírito Emmanuel, o melhor metro que
mediu Allan Kardec. Isso deu ensejo à inclusão do termo apóstolo de Kardec ao
título do livro escrito por Jorge Rizzini, J. H. Pires: O Apóstolo de Kardec,
em que recobra a memória desse ilustre espírita brasileiro.
Desde a adolescência que temas
filosóficos, inclusive de caráter religioso, interessaram Herculano Pires.
Nascido em família católica, permaneceu no catolicismo até os quinze anos de
idade. Depois, veio a crise. Mas, o que o levou a converter-se ao Espiritismo?
Numa entrevista gravada por Jorge Rizzini, disse ter sido o raciocínio, pois a
religião que professava não explicava convincentemente as suas dúvidas.
Contudo, não foi direto para o Espiritismo; passou antes pela Teosofia.
Caindo-lhe nas mãos um exemplar de O Livro dos Espíritos, encontrou tudo
o que procurava.
Defensor inconteste da Doutrina
Espírita, era um conferencista ardoroso. Combateu erros doutrinários,
principalmente aqueles cometidos pelas Federações. A cada correção dava as suas
razões. Não queria que um órgão coordenador do movimento espírita pudesse
propagar falhas doutrinárias.
Alguns livros de sua autoria: Introdução à Filosofia Espírita, pela Paidéia, Mediunidade (Vida e Comunicação),
pela Edicel, O Espírito e o Tempo, pela Edicel, Agonia das Religiões,
pela Paidéia, Revisão do Cristianismo, pela Paidéia. (RIZZINI, 2001)
BEZERRA DE MENEZES (1831-1900)
Nasceu no dia 29 de agosto
de 1831, no então Riacho do Sangue, na província do Ceará, e desencarnou no dia
11 de abril de 1900, com a idade de 69 anos.
Com 20 anos de idade, muda-se para o
Rio de Janeiro, onde, às duras penas, forma-se em medicina. Cognominado o
"médico dos pobres", Bezerra de Menezes tem uma biografia exemplar de
renúncia para com o dever cumprido, custe ele o que custar. Antes de se tornar
espírita, a sua conduta era a de um cristão. Nesse sentido, tão logo toma
conhecimento de "O Livro dos Espíritos" não lhe fica difícil exclamar
que era um "espírita de nascença", ou um "espírita
inconsciente", pois tudo o que ali estava relatado lhe parecia familiar.
Três exemplos de vida: 1) quando
convocado à política, renúncia ao soldo militar; 2) quando estudante, em
dificuldade para pagar o aluguel de seu quarto, prepara aula de matemática
(matéria que detestava) para aluno, que lhe pagou antecipado e nunca mais
apareceu; 3) como médico, atende a qualquer hora, institui a leitura do
Evangelho e renuncia à medicina ortodoxa para aceitar, a convite dos Espíritos,
a homeopatia.
A sua grande missão foi a de aglutinar
o movimento espírita. Naquela época havia muitas divergências com relação ao
termo Espiritismo. Denominava-se Doutrina Espírita apenas o que constava de
"O Livro dos Espíritos"; os estudiosos dos demais livros de Kardec se
chamavam kardecistas. Chegou-se a criar um Espiritismo Puro, equidistante de
"científicos" e "místicos". Além destes existia ainda um
grupo que se dedicava com afinco ao estudo das obras de J. B. Roustaing. Esse
quadro perdurou até a chegada de Bezerra de Menezes, espírito moderado e
pacificador que, assumindo a presidência da FEB, conseguiu diminuir os
elementos dispersivos.
Algumas de suas obras: A Casa
Assombrada, A Loucura sob Novo Prisma, A Doutrina Espírita como Filosofia
Teogônica.( ABREU, s.d.p.)
ERNESTO BOZZANO
(1861-1943)
A contribuição de Ernesto Bozzano foi providencial
para a propagação do Espiritismo além da fronteira francesa. Bozzano era um
cientista materialista-positivista. Em 1891 o
professor Ribot, diretor da "Revista Filosófica", informou-o do
lançamento da revista "Anais das Ciências Psíquicas", dirigida pelo
Dr. Darieux, sob a inspiração do professor Charles Richet.
A sua primeira impressão sobre a
revista foi desairosa, dado o fato de considerar verdadeiro escândalo a
circunstância de representantes da ciência oficial, discutirem seriamente a
possibilidade da transmissão do pensamento de um a outro continente, da
aparição de fantasmas e das casas mal-assombradas.
O prof. Rosenbach de Peterburgo
escrevera violento artigo na "Revista Filosófica", contra a
introdução desse novo misticismo no domínio da psicologia oficial. Na edição
subsequente, Richet refutou ponto por ponto, as afirmações errôneas de
Rosenbach e as suas inconsistentes considerações, tendo esse artigo o mérito de
convencer Bozzano.
Nesses mesmos dias aparecia o famoso
livro de Gurney, Podmore e Myers: "Fantasmas dos Vivos", relatando
grande número de casos devidamente controlados e bem documentados. Os últimos
resquícios de dúvida de Bozzano em torno da crença na existência de fenômenos
telepáticos foram assim dissipados. Daí por diante dedicou-se, com fervor, ao
estudo dos fenômenos espíritas, através das obras de Kardec, Léon Denis,
Delanne, Gibier, Crookes, Wallace e outros.
Formou um grupo com a participação do
dr. Giuseppe Venzano, Luigi Vassalo e os professores Enrique Morselli e
francisco Porro, da Universidade de Gênova. Esse grupo deu o que falar à
imprensa italiana e estrangeira, pois praticamente havia se obtido a realização
de quase todos os fenômenos, culminando com a materialização de seis espíritos
perfeitamente visíveis.
Escreveu, entre outras, as seguintes
obras: Dos Casos de Identificação
Espírita, Dos Fenômenos
Premonitórios, Animismo e
Espiritismo, Pensamento e Vontade, Os Enigmas da Psicometria, A Crise da Morte, Xenoglossia.
(Anuário Espírita de 1966)
CAMILLE FLAMMARION
(1842-1925)
Flammarion foi um homem cujas obras
encheram de luzes o século XIX. Ele era o mais velho de uma família de quatro
filhos, entretanto, desde muito jovem se revelaram nele qualidades
excepcionais. Queixava-se constantemente que o tempo não lhe deixava fazer um
décimo daquilo que planejava.
Aos quatro anos de idade já sabia ler,
aos quatro e meio sabia escrever e aos cinco já dominava rudimentos de
gramática e aritmética. Tornou-se o primeiro aluno da escola onde freqüentava.
Para que ele seguisse a carreira eclesiástica, puseram-no a aprender latim com
o vigário Lassalle.
Aí Flammarion conheceu o Novo
Testamento e a Oratória. Em pouco tempo estava lendo os discursos de Massilon e
Bonsuet. O padre Mirbel falou da beleza da ciência e da grandeza da Astronomia
e mal sabia que um de seus auxiliares lhe bebia as palavras. Esse auxiliar era
Camille.
Tornando-se espírita convicto, foi
amigo pessoal e dedicado de Allan Kardec, tendo sido o orador designado para
proferir as últimas palavras à beira do túmulo do Codificador do Espiritismo, a
quem denominou o bom senso encarnado. Camille Flammarion, segundo Gabriel
Delanne, foi um filósofo enxertado em sábio, possuindo a arte da ciência e a
ciência da arte. Flammarion – poeta dos Céus, como o denominava Michelet – tornou- se baluarte do Espiritismo, pois,
sempre coerente com suas convicções inabaláveis, foi um verdadeiro idealista e
inovador.
Eis algumas de suas obras: Deus na Natureza, As Casas Mal- Assombradas, Narrações do
Infinito, Sonhos Estelares, Urânia, Estela e O Fim do Mundo. (Grandes Vultos do Espiritismo)
GABRIEL DELANNE
(1857-1926)
Allan Kardec, Léon Denis e Gabriel
Delanne merecem, por seu devotamento à Ciência Espírita, serem chamados "Apóstolos
do Espiritismo". Dentre eles, apenas Gabriel Delanne nasceu numa
família que já conhecia o Espiritismo. Allan Kardec, quando iniciou as suas
atividades espíritas, já tinha 51 anos. Léon Denis, a seu turno, viveu 16 anos
sem ter ouvido falar de Espiritismo.
Seu pai, Alexandre Delanne, ao viajar
em negócios, ouviu falar do Espiritismo, o que lhe ensejou a leitura de O
Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns. Depois dessa leitura,
teve a curiosidade de conhecer pessoalmente Allan Kardec. Fê-lo, e foi acolhido
fraternalmente pelo Codificador do Espiritismo. Tornaram-se amigos, a ponto de
Allan Kardec freqüentar a sua casa. Foi dentro desse ambiente que cresceu
Gabriel Delanne.
- Foi fundador, juntamente com seu pai,
da União Espírita Francesa, em 24/12/1882; - Colaborador e redator da revista
bimensal Le Spiritism, em março de 1883; - Auxiliou na fundação da
Federação Francesa-Belgo-Latina, em 1883; - Durante os anos de 1886, 1887,
1888, 1889 e 1890 fez inúmeras conferências de propaganda do Espiritismo. - Em
julho de 1896 apareceu o 1.º número da Revista Científica Moral do
Espiritismo, fundada por Gabriel Delanne.
Deixou-nos diversas obras, entre as quais, citamos:Le
Spiritisme devant la Science (O Espiritismo perante a Ciência), em 1885; Le
Phénomène Spirite (O Fenômeno Espírita), em 1896;L’Évolution Animique (A
Evolução Anímica), em 1897. (BODIER e REGNAULT,
1988).
3. LÉON DENIS (1846-1927)
Quando Allan Kardec desencarnou, Léon Denis estava
com 23 anos de idade e viveria ainda mais de 58 anos, tempo suficiente para
assimilar e ampliar o conteúdo doutrinário trazido pelo Codificador. De acordo
com o seu biógrafo, Gaston Luce, Léon Denis e Allan
Kardec têm, entre si, íntima relação. Ambos são druídas reencarnados, pois
viveram nas Gálias, no século V a. C.. O nome Léon Denis está escrito no de
Kardec, ou seja, Hippolyte LEON DENIZard Rivail. São Jerônimo de Praga,
seu guia espiritual, fora discípulo de João Huss (encarnação anterior de
Kardec), os dois queimados vivos, no Século XV, por ordem do Concílio de
Constança.
A integridade de seu caráter criava-lhe
condições necessárias para o cumprimento do seu dever. Ao cogito ergo sum
de Descartes, acrescenta: "Eu sou e quero ser sempre mais do que
sou". Vegetariano, dizia que não havia bebida melhor do que a água. De
moral elevada, procurava cumprir tudo o que prometia. Tornou-se, com o tempo,
um autodidata, o que lhe conferia pensar com a própria cabeça.
A propagação do Espiritismo não foi tarefa fácil.
Como acontece com toda a ideia nova, sofreu, também, os ataques de seus
opositores. Léon Denis teve de lutar contra o materialismo, a falta de
idealismo, o cientificismo e o positivismo de Augusto Comte, que grassavam nas
universidades. As conferências, os congressos e os livros publicados foram suas
armas para a divulgação e a consolidação do edifício doutrinário, alicerçado
pelas pesquisas e análises de Allan Kardec.
Escreveu, entre outras, as seguintes obras: Porquê da Vida, 1885; Depois
da Morte, 1890; Cristianismo e Espiritismo, 1898; Joana
D'Arc Médium, 1910; O Grande Enigma, 1911; O Mundo
Invisível e a Guerra, 1919; O Gênio Céltico e o Mundo Invisível,
1927. (LUCE, 1968)
]
Conhecendo melhor Allan Kardec
1. KARDEC OBTINHA LUCRO COM SUAS OBRAS DIDÁTICAS? O suficiente para ter uma vida
despreocupada.
2. QUAIS AS PRINCIPAIS OBRAS DE KARDEC, ANTES QUE ELE CONHECESSE O
ESPIRITISMO? Foram: Plano para o Melhoramento da Instrução Pública(1828); Curso
Prático e Teórico de Aritmética, segundo o Método de Pestalozzi e para uso dos
professores e das mães de família(1829); Gramática Clássica Francesa(1831);
Manual para Exames de Capacidade; Soluções Racionais de Questões e Problemas de
Aritmética e Geometria(1846); Programas dos Cursos ordinários e Física,
Química, Astronomia e Fisiologia(que Kardec fazia no Liceu Plimático); Pontos
para os Exames do Hotel de Ville e da Sorbone, acompanhados de Instruções
Especiais sobre as dificuldades Ortográficas(1849).
3. QUEM ERA O SR. FORTIER? Um estudioso do magnetismo e amigo de Kardec.
4. QUANDO KARDEC OUVIU, PELA PRIMEIRA VEZ, FALAR DAS 'MESAS GIRANTES'? Em 1854 .
5. QUE RESPOSTA INCRÉDULA KARDEC DEU A FORTIER? Eu só acreditaria, quando ver e
quando me tiverem provado que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para
sentir e que se possa tornar sonâmbula. Até lá, permita-me que só veja nisso
uma história para provocar o sono.
6. QUAL A RELIGIÃO DE KARDEC, ANTES DE CONHECER O ESPIRITISMO? Protestante.
7. QUANDO E ONDE KARDEC ASSISTIU PELA PRIMEIRA VEZ , OS FENÔMENOS DAS
"MESAS GIRANTES "? Foi em maio de 1855, em casa de Mme Plainemaison, a convite do Sr.
Pâtier.
8. DEPOIS DAS REUNIÕES EM CASA DE PLAINEMAISON ONDE KARDEC PROSSEGUIU
EM SUAS OBSERVAÇÕES? Na casa do Sr. Baudin .
9. QUE MÉTODO KARDEC APLICOU AOS FENÔMENOS QUE ASSISTIA? O método experimental e foi
quando fez os primeiros estudos sérios sobre o Espiritismo.
10.
QUAL FOI O RESULTADO DE SUAS
PRIMEIRAS OBSERVAÇÕES? 1- Que o espíritos, sendo as almas dos homens,
não tinham nem a soberana sabedoria, nem a soberana ciência. 2- Que o seu saber era limitado ao grau de seu
adiantamento, e que sua opinião não tinha senão o valor de uma opinião pessoal.
Isto preservou Kardec de formular teorias prematuras, apenas com a comunicação
de um só de alguns espíritas.
11.
KARDEC ESTEVE NA IMINÊNCIA DE
ABANDONAR SUAS OBSERVAÇÕES? POR QUÊ? Sim Kardec, a princípio, não se entusiasmou pelo fenômeno, pois,
estava absorvido por outras preocupações no momento.
12.
QUEM O ACONSELHOU A
PERSEVERAR? Foram os Srs. Carlotti, René Taillandier, Thiedman-Mantêse Sardau
e o editor Didier.
13.
QUE ENTREGARAM ESSES SRS. A
KARDEC ? POR QUÊ? Entregaram a Kardec 50 cadernos de comunicações recebidas em 5
anos, pois conheciam bastante o seu poder de síntese e de ordenação.
14.
QUE DISSE A KARDEC O ESPÍRITO
Z, EM SUA COMUNICAÇÃO? Disse-lhe que haviam vivido juntos, entre os druidas, e então o
Codificador se chamava ALLAN KARDEC .
15.
DISPOSTO KARDEC À OBRA DE SINTETIZAR
E COORDENAR OS 50 CADERNOS, QUE RUMO TIVERAM AS SESSÕES DO SR. BAUDIN? As sessões então passaram a ter
um objetivo determinado e Kardec, propunha aos Espíritos uma série de perguntas
já preparadas e metódicamente dispostas. As perguntas versavam sobre Filosofia,
Psicologia e natureza do mundo invisível.
16.
ESSE TRABALHO DE KARDEC MAIS
TARDE AMPLIADO E MELHORADO, QUE LIVRO VEIO A FORMAR? O livro dos Espíritos.
17.
KARDEC VERIFICAVA, MAIS DE
UMA VEZ, AS COMUNICAÇÕES QUE OBTINHA E AS QUE LHE VINHAM ÀS MÃOS? Sim, Kardec verificava diversas
vezes as comunicações obtidas e as questões mais melindrosas eram submetidas a
vários espíritos através de vários médiuns .
18.
QUANDO FOI PUBLICADO O LIVRO
DOS ESPÍRITOS? 18 de abril de 1857 .
19.
QUE DE EXTRAORDINÁRIO MARCA O
LIVRO DOS ESPÍRITOS? A verdadeira fundação do Espiritismo data do aparecimento do Livro
dos Espíritos.
A Doutrina só possuia elementos esparsos, sem coordenação e cujo alcance não tinha sido compreendido por todos . Com o Livro dos Espíritos o Espiritismo prendeu a atenção dos homens sérios e adquiriu rápido desenvolvimento. Outrossim, a clareza de estilo de Kardec no Livro dos Espíritos contribui enormemente para o sucesso da obra.
A Doutrina só possuia elementos esparsos, sem coordenação e cujo alcance não tinha sido compreendido por todos . Com o Livro dos Espíritos o Espiritismo prendeu a atenção dos homens sérios e adquiriu rápido desenvolvimento. Outrossim, a clareza de estilo de Kardec no Livro dos Espíritos contribui enormemente para o sucesso da obra.
20.
KARDEC SOFREU INGRATIDÕES E
CALÚNIAS? Sim os despeitados e ingratos acusaram-no de conseguir dinheiro
com as novas idéias que pregava.
21.
QUANDO FOI FUNDADA A
"SOCIEDADE ESPÍRITA DE PARIS"? Em 10
de abril de 1858 .
22.
KARDEC FAZIA VIAGENS DE
PROPAGANDA DOUTRINÁRIAS? Sim, Allan Kardec utilizava todas as suas folgas para viagens de
propaganda, na França e na Bélgica.
23.
QUANDO APARECEU O LIVRO DOS
MÉDIUNS?Na primeira quinzena de janeiro de 1861 .
24.
QUE FOI O "AUTO DE FÉ DE
BARCELONA"? O Auto de Fé de Barcelona foi a queima, em praça pública, em
Barcelona, Espanha, de 300 volumes de obras espíritas, que Kardec remetera ao
livreiro Maurício Lachâtre, em 09 de outubro de 1861, às 10:30 horas.
25.
QUEM ERA MAURÍCIO LACHÂTRE? Um livreiro estabelecido em
Barcelona. Foi um grande propagandista do Espíritismo na Espanha.
26.
QUANDO APARECEU O EVAGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO? Em abril de 1864.
27.
QUANDO KARDEC PUBLICOU O
LIVRO "O CÉU E O INFERNO"? Em 10 de agosto de 1865.
28.
KARDEC ACORDAVA CEDO? Em qualquer época do ano às 04:30
da manhã, e foi advertido pelos espíritos por causa de seus trabalhos
excessivos, repetidas vezes.
29.
QUE PUBLICOU KARDEC EM
JANEIRO DE 1868? A Gênese. Constitui, do ponto de vista científico, a síntese dos 4
primeiros volumes já publicados. Após a publicação deste livro, Kardec
dedicou-se ao projeto de organização do Espiritismo.
30.
PARA QUE KARDEC CONTRAIU UM
EMPRÉSTIMO DE 50.000 FRANCOS? Para construir, à Av. Ségur, seis casas para se recolher a uma
delas, na velhice. Após sua morte, as casas serviriam de asilo aos espíritas
pobres.
31.
QUANDO KARDEC DESENCARNOU? Em 31 de março de 1869, aos 65
anos. Foram pronunciados 04 discursos por ocasião de seu sepultamento : Sr.
Levant ( pela Sociedade Espírita de Paris) - Camilo Flammarion - Sr. Alexandre
Délanne (pelos Centros Espíritas distantes) e do Sr. Muller ( pela família de
Kardec ).
32.
QUAL A IDADE DE AMÉLIA
BOUDET, POR OCASIÃO DA MORTE DE KARDEC E ATÉ QUANDO LHE SOBREVIVEU? Tinha 74 anos e desencarnou 14
anos mais tarde, aos 21 de janeiro de 1883, com a idade de 89 anos .
Humberto de Campos
O Espírito Humberto de Campos, em Brasil,
Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, diz que:
“Segundo os
planos de trabalho do mundo invisível, o grande missionário, no seu maravilhoso
esforço de síntese, contaria com a cooperação de uma plêiade de auxiliares de
sua obra, designados particularmente para coadjuvá-lo, nas individualidades de
João-Batista Roustaing, que organizaria o trabalho da fé; de Léon Denis, que
efetuaria o desdobramento filosófico; de Gabriel Delanne, que apresentaria a
estrada científica; de Camille Flammarion, que abriria a cortina dos mundos,
desenhando as maravilhas das paisagens celestes, cooperando assim na
codificação kardeciana no Velho Mundo e dilatando-a com os necessários
complementos”. (Xavier, 1977, p. 176)
ALLAN KARDEC
(1804-1869)
Hippolyte-Léon Denizard Rivail,
cognominado Allan Kardec, nasceu em 3 de outubro de 1804 e desencarnou em 31 de março de 1869.
Allan Kardec foi escolhido para ser o Codificador do Espiritismo em virtude de suas duas
encarnações anteriores: 1) como sacerdote druida, chamado Allan Kardec, na
época de Júlio César, no século VI a. C.; 2) como professor da universidade de
Praga, queimado no dia 06/07/1415, juntamente com
Jerônimo de Praga.
Aliada à sua bagagem de vidas pretéritas, teve o
apoio incondicional do Espírito Verdade, que prometeu auxiliá-lo em todas as
suas tarefas, visto a obra a ser extremamente importante para toda a
humanidade, no sentido de mudar a visão de mundo, que se mostrava essencialmente
materialista. Esta nova doutrina viria resgatar os ensinamentos do Mestre
Jesus, colocando-os no seu devido lugar, tanto em teoria quanto em prática.
Seria, também, uma ferramenta de trabalho que auxiliaria o ser humano a pensar
mais racionalmente a fé e a revelação.
Auxiliado por uma plêiade de Espíritos Superiores,
pode trazer a lume as Obras Básicas, que se consubstanciaram em O Livro dos
Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o
Inferno e A Gênese. Além desses livros publicou também a Revista Espírita, periódico mensal, cuja 1.ª edição deu-se em 1.º de janeiro de 1858. (KARDEC, 1981).
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